terça-feira, novembro 14, 2017

Coletivização e expropriações forçadas são autorizadas na dita “dnr”

Expropriação de alimentos na Rússia soviética, quadro do pintor russo Ivan Vladimirov (1870-1947)
De acordo com o decreto de 3 de novembro de 2017, assinado pelo “chefe da dnr” Zakharchenko, os seus súbditos perdem o direito de usufruir da safra obtida como resultado de uso não autorizado de terras.
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O “documento” define o direito de “livre acesso aos locais de armazenamento (cultivo) dos resultados da safra” dos funcionários do dito “ministério das receitas e colheita da dnr”. Além disso, os funcionários deste “ministério” são autorizados à expropriar a colheita (Sic!). Caso os residentes locais vão “arbitrariamente” gerir a sua própria colheita, serão obrigados a reembolsar o seu valor à dita “república popular”.

Zakharchenko também ordenou o assim chamado “ministério da agro-indústria para preparar as informações sobre todos os factos do uso ilegal das parcelas de terra.

Em 11 de janeiro de 1919 o Decreto do Conselho dos Comissários Populares (Sovnarkom)
decreta o início de prodrazverstka, a expropriação dos alimentos aos camponeses,
para alimentar as cidades e exército vermelho | imagem @Wikipédia
Note-se que decretos semelhantes foram aprovados pelo estado soviético em 1932 durante o Holodomor, quando, sob pretexto de que os camponeses deskulakuizados roubavam as mercadorias de comboios/trens de mercadoria, kolkhozes e cooperativas, Estaline propôs uma nova lei repressiva da proteção da propriedade estatal. Conhecida popularmente como a “lei de cinco espigas”, escreve a página ucraniana Inforesist.org

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