quinta-feira, dezembro 14, 2017

Crimes soviéticos: a morte do cientista e teólogo Pavel Florensky

8 de dezembro de 1937, após a transferência do campo de concentração soviético de Solovki, foi fuzilado, pela ordem do NKVD, o destacado filósofo e teólogo russo, cientista, poeta, inventor e sacerdote, Pavel Florensky.

Os últimos anos da sua vida:
Pavel Florensky, no momento da sua prisão em 1933, foto do arquivo de NKVD
no verão de 1928 foi enviado ao exilo para a cidade de Nizhny Novgorod, mas no mesmo ano, após o pedido da Yekaterina Peshkova o exilo foi cancelado com opção de emigrar para Praga, mas Florensky preferiu ficar na Rússia soviética;
– no início da década de 1930 foi alvo de uma campanha agressiva da imprensa soviética;
– em 1933 foi preso e condenado à 10 anos do GULAG;
– em 1933 foi deportado ao campo de concentração siberiano de “Svobodny” (Livre), onde trabalhou no departamento da pesquisa científica do BAMLAG;
– em 1934 foi enviado para Skovorodino, onde realizou pesquisas científicas numa estação experimental de permafrost;
– em 1934 ele foi enviado ao campo de concentração de Solovki, onde trabalhou na fábrica da indústria de iodo, lidando com o problema da extração de iodo e ágar-ágar de algas marinhas e patenteou mais de dez descobertas científicas;
– aos 25 de novembro de 1937, foi condenado à pena capital por uma troika do NKVD de Leninegrado e foi fuzilado no dia 8 de dezembro...

De acordo com as recordações do Alexey Favorsky, que se encontrou com Pavel Florensky nas vésperas da sua morte: Florensky em Solovki era o homem mais respeitado – genial, resignado, corajoso, filósofo, matemático e teólogo. Minha impressão de Florensky, e esta é também a opinião de todos os prisioneiros que estavam com ele – alta espiritualidade, atitude benevolente para com as pessoas, riqueza da alma. Tudo aquilo que enobrece uma pessoa” (fonte).

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