quinta-feira, fevereiro 15, 2018

Quinze mercenários russos morreram numa explosão na Síria

Foto apenas chamativa de maio de 2017
Quinze serviçais russos, empregados na Síria por uma empresa de segurança privada foram mortos na explosão de um depósito de armas na sua própria base em Tabiya Jazira, na província de Deir ez-Zor, informou a ONG síria Observatory for Human Rights (SOHR).

Pela informação da SOHR, a empresa russa de segurança estava encarregada de proteger os campos de petróleo e gás controlados pelo regime sírio: “Quinze russos que trabalham para uma empresa de segurança privada russa foram mortos em uma explosão em um depósito de armas da [sua] empresa em Tabiya Jazira na província de Deir ez-Zor”, disse o diretor da ONG, Rami Abdel Rahman, à Agence France-Presse, citado pelo jornal britânico The Guardian.

Os mercenários russos acompanharam as forças do regime, avançando aos campos de petróleo e gás nas margens orientais do rio Eufrates, controlados pelas Forças Democráticas da Síria (SDF), uma aliança de combatentes árabes e curdos, apoiada pelos EUA.

A página do Observatório sugeriu que os combatentes do regime estavam tentando retirar as armas do depósito, mas desencadearam uma explosão, resultante de uma armadilha explosiva. Um total de 23 pessoas morreu na explosão, incluindo os 15 russos. Acredita-se que as vítimas sírias eram combatentes do regime, pertencentes à brigada al-Baqir.
A fábrica e campos de petróleo e gás Conoco (ex-ConocoPhillps) que os mercenários
russos pretendiam ocupar na noite de 7 à 8 de fevereiro de 2018
A informação sobre a morte dos 15 mercenários russos vêm na sequência da tentativa russo-síria de ocupar a fábrica e campos de petróleo e gás Conoco (construída e gerida pela empresa americana ConocoPhillps e mais tarde nacionalizada pelo regime sírio. Naturalmente, hoje os seus verdadeiros proprietários não estão dispostos entregar os seus bens aos terceiros). Vários mercenários russos foram mortos no decorrer da bem-sucedida resposta defensiva americana.

Rússia reconhece a morte dos mercenários

Pela primeira vez desde a ação defensiva americana, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da federação russa, Maria Zakharova, nesta quinta-feira (15/02/2018) reconheceu a morte dos cinco cidadãos russos, em resultado do ataque aéreo da coligação liderada pelos Estados Unidos da América.

“De acordo com dados preliminares, como resultado de um choque armado, cujas causas estão agora sendo esclarecidas, podemos falar sobre a morte de cinco pessoas, presumivelmente cidadãos russos. Também há feridos, mas tudo isso exige verificação, em particular e antes de tudo, a sua cidadania (...) Quero enfatizar mais uma vez que não estamos falando de militares russos” (fonte).

Blogueiro: em apenas uma semana a informação sobre aniquilação dos mercenários russos passou de “claramente falsa”, à presumivelmente verdadeira, embora à necessitar a verificação. Na opinião do blogueiro militarista russo el-murid, possivelmente a informação avançada pelo SOHR pretende ocultar a morte dos militares russos no ativo, pertencentes às forças de operações especiais (SSO) que, na realidade, morreram na ação aérea americana. De acordo com o blogueiro, a ONG do Rami Abdel Rahman é conhecida por divulgar a informação bastante fidedigna, recebida, eventualmente dos serviços secretos britânicos.

Enquanto se escrevia este texto, chegou a informação com nomes e fotos de mais dois mercenários russos, abatidos em Deir ez-Zor na noite de 7 à 8 de fevereiro, falta confirmar se eles também eram terroristas no leste da Ucrânia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Aqui tem uma otima explicaca sobre o grupo de mercenarios;

https://www.youtube.com/watch?v=nUTrpM20Ixs